Hoje estive na Liberdade (um lugar nerd por definição), para presenciar o evento anual conhecido como Tanabata Matsuri (ou, traduzido: "Festival das Estrelas"). Logo percebi: mas que ocasião perfeita pra dar origem a um post! E com direito a fotinhos exclusivas, porque estava munido da minha câmera - a qual, aliás, tenho o ótimo/péssimo hábito de levar comigo pra tudo que é canto. O resultado do passeio de hoje, na companhia de amigos mais do que especiais, vocês conferem nesse super Post Especial!
Tana... que?
Tanabata! Se trata de um festival anual japonês, sempre no sétimo dia do sétimo ano, ou seja, dia 07 de julho. O evento é também realizado no Brasil, no bairro da Liberdade (por motivos óbvios). Mas, como esse ano teve Copa do Mundo, e essa porcaria dessa Copa zoa todos os calendários do país, até o Tanabata ficou pra mais tarde - nos dias 24 e 25 de julho.
E a origem desse festival é uma lenda...
Opa, uma lenda?
Uma antiga lenda, criada há quatro mil anos e inspirada nas estrelas Vega e Altair, conta a estória de uma certa Princesa Orihime e seu amado Kengyu.
A Princesa Orihime era uma excelente tecelã e confeccionava a mais perfeita seda de que se tinha notícia. Preocupado com sua excessiva dedicação, o rei ordenou que ela se distraísse, dando passeios diários pelo reino. Em uma dessas ocasiões, Orihime conheceu o pastor Kengyu e os dois se apaixonaram.
Esquecendo-se completamente de suas obrigações, a princesa tecelã e o pastor dedicaram todo o tempo a esta paixão e por este motivo foram castigados, sendo transformados em estrelas e separados pela via láctea. Comovido com a tristeza do casal, o Senhor Celestial permite um único encontro anual entre os dois, num dia de julho.
Em agradecimento à dádiva recebida, o casal atende aos pedidos feitos em papéis coloridos (irogami) e pendurados em bambus (sassadake).
Pedidos? Isso tá ficando bom!
A Liberdade estava cheíssima de gente pra colocar seus papéizinhos com pedidos nas árvores da região. Pela módica quantia de R$2,00 o papel (e, segundo me informaram, anos atrás estes eram distribuídos gratuitamente), você podia fazer o seu. O tema do pedido variava com a cor do papel:
BRANCO - Paz
VERDE - Esperança
ROSA - Amor
VERMELHO - Paixão
AZUL - Saúde
Multidão lotando a Liberdade. Tava um sol lascado...
Este nerd que vos escreve, que também não resistiu e fez dois pedidos: um verde, de Esperança; e outro branco, de Paz.
Uma das muitas árvores que estavam cheias de pedidos (e os meus lá no meio!) :)
E o que teve por lá?
Bom, se vocês quiserem ver a lista completa de tudo o que perderam (já que o festival acabou hoje!),
entrem aqui.
Mas dá pra destacar que hoje, quando eu fui, rolou apresentações de peças teatrais, artes marciais, danças e músicas típicas, além de shows de J-Rock e J-Pop (esse último eu nem sabia que existia).
Deixo pra vocês mais umas fotos:
Apresentação especial de Ai-ki-dô (e lógico que rolou a típica piada de tio "ai que dor!")
As ruas próximas à estação Liberdade, com a decoração típica do festival.
(Notem a presença de um membro da Yakuza no canto inferior direito)
Uma peça de terror japonês, apresentada com perfeição hoje à tarde
O grupo de tambores fez uma apresentação digna de Mulan!
E aqui, a galera mais perfeita com quem dava pra passar uma tarde: na foto, parte da lendária instituição denominada PATOTA!
Aliás, se quiserem, faço outro post depois só de fotos (tá cheio aqui, rsrs).
Abraços a todos!!!